sábado, 12 de fevereiro de 2011

Caso Banco Panamericano





A) PANAMERICANO I


Tenho acompanhado o caso Banco Panamericano, e fico perplexo com as declaracoes de seu ex-controlador, ao dizer que nem sabia onde ficava o seu banco.

Sob a gestao de Luiz Sebastião Sandoval, executivo que comandava o Grupo Silvio Santos, ha mais de 40 anos, e absolutamente incrivel como um banco pode ter um rombo de R$ 4 bilhoes, nao e possivel que os diretores, que o conselho de administracao nao soubesse de tal situacao.

Pior ainda e saber que a CEF adquiriu 49% das acoes no final de 2009 injetando cerca de R$ 700 milhoes de reais, dinheiro publico, logo nosso dinheiro.

Atribuir a responsabilidade aos profissionais da area contabil, sim, claro que sim, devera ser responsabilizado aquele que tinha por oficio nao permitir que tal situacao chegasse a bancorrota da corporacao, porem junto com este profissional devem ser responsabilizados, outros participantes deste imbroglio, ou seja,  a empresa de auditoria do banco panamericano, e em especial a empresa de auditoria que a CEF indicou quando definiu adquirir as acoes.

Por fim, o proposito desta breve postagem e dizer que o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Sao Paulo, nao devera ficar assistindo a tudo isso, bem como a CVM, devem adotar posturas pontuais no sentido de punir todos os responsaveis, em especial com o patrimonio deles, na garantia de que nos contribuintes nao venhamos a ficar com o prejuizo, e rogo para que o MPF se manifeste e atue neste caso para que a sociedade saiba que esta instituicao zela pelos interesses do povo brasileiro.

Vejam o que diz no site do Grupo Silvio Santos sobre Responsabilidade Corporativa, bem como o seu Codigo de Etica

http://www.gruposilviosantos.com.br/pag.asp?cod=6

http://www.gruposilviosantos.com.br/anexos/CodigoEticaGSS.pdf

B) PANAMERICANO II

Blog
às 15:03

É preciso que haja diferença entre vender um banco, comprar um banco e roubar um banco

Leitor, caso você se veja tentado a comprar um banco, cuidado! Por quê? Você certamente confiará que o Banco Central, que acompanha mensalmente os balancetes das instituições financeiras, sabe se a empresa está podre ou não. Precavido, você também vai consultar o parecer da auditoria independente que acompanha permanentemente o desempenho do dito-cujo. Mesmo assim, como não é do tipo que joga dinheiro fora, vai contratar uma outra empresa para avaliar se está tudo nos conformes.
Mas tudo isso pode ser absolutamente irrelevante. Vejam o caso do Banco Panamericano:
- O Banco Central avisa: “Não tenho nada com isso”;
- a Delloite, que fazia auditoria interna, avisa: “Não tenho nada com isso”;
- a KPMG, que fez a auditoria a pedido do Banco Fator, que intermediou a operação em nome da Caixa, avisa: “Não tenho nada com isso”;
- o Banco Fator avisa: “Não tenho nada com isso”;
- a CEF, que comprou as ações do Panamericano, avisa: “Não tenho nada com isso”.
Percebeu, leitor? Com tantos “expertos”, espertos e espertalhões cuidando de tudo, nos mínimos detalhes, nada impede que você torre seus bilhões comprando um banco quebrado. Se bem que… Vamos pensar.
Aquisição e fusão de bancos não são coisas tão raras, não é mesmo? Fizeram-se aos montes depois do processo saneador levado adiante pelo governo Fernando Henrique Cardoso. E não se sabe de nenhum banco privado, nacional ou estrangeiro, que tenha levado uma tungada do tamanho que levou a CEF: mais de R$ 700 milhões. O dinheiro investido no Panamericano virou pó. A se dar crédito às versões, executivos de um banquinho mixuruca conseguiram levar no bico gente altamente especializada em detectar fraudes. E olhem que, até onde se sabe, não era nada muito sofisticado, não, hein? O Panamericano vendia carteiras de crédito a outros bancos, pegava a grana antecipada, mas fazia de conta que os pagamentos feitos pelos devedores ainda eram seus.
Visto tudo de perto, encontram-se sempre aquelas incríveis coincidências que aproximam o mundo da política do mundo dos negócios. Informa Lauro Jardim no Radar Online: “Rafael Palladino, ex-presidente do Banco Panamericano, sempre chamou atenção do mercado pela relação muito próxima com Marcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de Finanças da Caixa Econômica Federal (indicado por Aloizio Mercadante para o cargo) e Walter Appel (dono do banco Fator, um dos que auditaram o Panamericano para a CEF)”. Dá para entender.
É preciso que haja diferença entre vender um banco, comprar um banco e roubar um banco.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte  http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-preciso-que-haja-diferenca-entre-vender-um-banco-comprar-um-banco-e-roubar-um-banco/


C) PANAMERICANO III - Auditoria do Panamericano - Deloitte

terça-feira, 16 de novembro de 2010


Panamericano: Quem administrava e auditava?

O Prof. Kanitz publicou em seu Blog dois textos sobre o caso Panamericano, uma perspectiva não da fraude em si, mas sob a ótica dos agentes envolvidos (contadores, auditores, administradores, economistas, professores de educação física, advogadas, etc.....). Recomendo a leitura dos comentários que seguem a cada um destes dois post.
O mesmo professor publicou há alguns anos um excelente artigo por título "A origem da corrupção", onde mostrava que o Brasil era um país pouco auditado. Mas à luz dos atuais acontecimentos (iunclusive Eron, Banco Econômico, Parmalat, Banco Nacional, Bamerindus, Banco Santos, & Cia.), a grande pergunta é: temos profissionais de qualidade formado pelos cursos de contábeis para tão relevante e imprescindível trabalho? Será que são apenas contadores que estão auditando o mercado de capitais e financeiro?

A revista IstoÉ Dinheiro desta semana publicou uma matéria por título "Por que a Deloitte erra tanto", da qual tirei o quadro que reproduzo ao lado. Recomendo a leitura desta matéria e os comentários dos leitores.
O caso PANAMERICANO é mais um dos que devem ser estudados nas faculdades de ciências contábeis. Excelente fonte de debates para disciplinas de: Auditoria, Análise de balanços. Controladoria, Contabildade de Instituições Financeira, Ética, Perícia, etc.


17/11/2010 - 08h15

Deloitte ignorou rombo no banco de Silvio Santos


DE SÃO PAULO

A Deloitte mandou na última semana para o banco PanAmericano e para o Banco Central o balanço do terceiro trimestre da instituição financeira de Silvio Santos como se ela não tivesse um rombo de R$ 2,5 bilhões --R$ 2,1 bilhões são do banco e R$ 400 milhões da área de cartão de crédito--, informa Mario Cesar Carvalho, em reportagem na Folha desta quarta-feira).



A Folha apurou que o buraco seria tratado numa nota técnica da demonstração financeira, recurso usado normalmente para explicar metodologia ou eventos menores no período analisado pelo balanço --de julho a setembro deste ano.
Executivos que integram a nova diretoria e o novo conselho de administração do PanAmericano se recusaram a assinar o balanço porque seria o endosso da fraude, na interpretação deles.
O buraco foi descoberto pela fiscalização do Banco Central em agosto, mas a Deloitte só ficou sabendo do problema no mesmo dia em que o PanAmericano fez um comunicado ao mercado -no último dia 7.
A Deloitte é a maior empresa de auditoria do mundo e não apontou os problemas que o PanAmericano tinha ao auditar o balanço de 2009.
Silvio Santos já anunciou que vai processar a Deloitte por conta da aparente omissão na análise do balanço.







Fonte http://www1.folha.uol.com.br/mercado/831729-deloitte-ignorou-rombo-no-banco-de-silvio-santos.shtml

D) PANAMERICANO IV - Fraude Panamericano

12/11/2010 - 18h13

PF decide investigar se houve crime no banco PanAmericano


DE SÃO PAULO

A Polícia Federal informou que instaurou, nesta sexta-feira, inquérito policial para apurar a eventual prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional após a crise no banco PanAmericano.
Segundo a PF, serão investigados crimes como gestão fraudulenta, prestação falsa de informações aos órgãos competentes e inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis.

A investigação ficará a cargo da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, da Superintendência Regional no Estado de São Paulo. Segundo a nota, o inquérito "foi instaurado com base no fato relevante divulgado pelo banco e na nota do Banco Central do Brasil".
Ainda hoje o Ministério Público Federal informou que também vai investigar as transações do banco.
Segundo o MPF, os procuradores da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Anamara Osório Silva são os responsáveis pela condução do procedimento investigatório criminal.
Na quarta-feira (10), o BC havia comunicado ao Ministério Público Federal que havia indícios de crime no caso da instituição.
O diretor de Fiscalização da autoridade monetária, Alvir Hoffman, havia afirmado que "tudo indica que a investigação vai redundar em algo para o Ministério Público", em referência à Lei do Colarinho Branco. Até então, as investigações estavam na esfera administrativa.
FRAUDE CONTÁBIL
O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que deve colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis".
O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.
A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao Fundo Garantidor de Créditos. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.
INVESTIGAÇÕES
O Banco Central caiu em cima de pelo menos seis bancos pequenos para averiguar como eles contabilizam as carteiras vendidas a outras instituições, após descobrir fraude no PanAmericano.
O objetivo é detectar uma eventual disseminação de prática contábil fraudulenta nesses bancos na hora de registrar carteiras cedidas.
O "pente fino" se iniciou no último dia 29, antes do feriado de Finados, quando o BC se preparava para falar sobre o assunto.
A fiscalização do BC enviou comunicado a instituições que também adquiriram carteiras de crédito, pedindo explicações detalhadas sobre as operações. O pedido exigiu trabalho dobrado das áreas técnicas para enviar as informações com urgência.
Segundo a Folha apurou, os questionamentos ocorreram quase dois meses após o BC ter detectado as irregularidades no PanAmericano.



Fonte http://www1.folha.uol.com.br/mercado/829912-pf-decide-investigar-se-houve-crime-no-banco-panamericano.shtml



E) PANAMERICANO V - Estrutura Grupo Silvio Santos

12/11/2010 - 08h56

Ex-número 1 do banco PanAmericano é sócio em 20 empresas

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Afastado do cargo de presidente do PanAmericano há três dias, Rafael Palladino, 59, não tem o perfil de executivo do mercado financeiro nem costuma circular entre banqueiros.


Formado em educação física pela Universidade de São Paulo, Palladino trabalhou como personal trainer e foi professor durante 12 anos. Aos 32 anos, deixou as salas de aula para se dedicar às academias de ginástica.
Foi nessa época que o executivo começou a ter contato com a área comercial -cuidou dos negócios de oito academias e, com isso, diz ter ganhado experiência em vendas e marketing.
O empresário foi diversificando os negócios e montou uma rede de postos de gasolina em São Paulo e no Rio. Atualmente, ainda é sócio de três postos em São Paulo, segundo levantamento feito ontem na Junta Comercial.
No levantamento, Palladino aparece como sócio em 20 empresas, incluindo também as ligadas ao grupo Silvio Santos, como o PanAmericano, o Bau Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários, a Liderança Capitalização S.A. e a TV Studios Anhanguera.


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Fonte  http://www1.folha.uol.com.br/mercado/829625-ex-numero-1-do-banco-panamericano-e-socio-em-20-empresas.shtml
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* Salvo os comentarios de minha autoria, os quais assumo o meu posicionamento, aqueles que refletem ideias, pensamentos, manifestacoes e dados coletados, abstraidos dos artigos publicados, sejam em midia da internet, midia de jornais fisicamente (escaneados), videos, estes sao de inteira responsabilidade de seus autores e fontes, servindo aqui para compreender o que existe acerca do tema proposto, validar tais informacoes, dados somente por uma pesquisa adequado, o que nao e o proposito deste blog, e sim chamar os operadores da contabilidade para uma reflexao e com certeza, uma acao por parte da Classe Contabil, para que nao sejamos objeto de artigos, materias que possam denegrir a nossa imagem, em razao de colocacoes descabidas por pessoas que nao conhecem o mundo contabil.

Claudionei Santa Lucia
Contador

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