domingo, 27 de fevereiro de 2011

Esse Panamericano... - Correcao Monetaria, Etica, Baixar Inflacao por Decreto

Comments

Caros,
Sou Contador, e compreendi perfeitamente a mensagem do Mestre Kanitz, mas vamos parar de brincar de ser Contador.
Os operadores da contabilidade, sempre se curvaram ao que os gestores desejavam, la (EUA) para garantir um lucro, seja para atrair o acionistas, seja para remunerar o gestor, pois os bonus sao calculados em cima do resultado (regra geral).
Nunca entendi de fato qual a funcao de um economista, pois se e possivel baixar a inflacao por decreto, como foi feito na era Collor, tudo entao eh possivel, rasguem-se os livros que estudamos na faculdade, pois tudo gira em torno da Politica, dos interesses de grupos economicos.
E impossivel aceitar que nao se possa fazer a correcao monetaria, aquela aplicada ate 31 12 1995, como posso deixar de atualizar o PL e extinto Ativo Permanente, se ha inflacao de 5, 6% ao ano ela deve ser reconhecida nas demonstracoes contabeis, nao importa se as DFs sao estaticas.
Cansei de ouvir dizer que a contabilidade nao serve para nada, pois quando se analisa um balanco, os fatos ja aconteceram, verdade ja aconteceram, mas quer que continue acontecendo as mesmas coisas, o mesmo prejuizo, entao nao faca nada, ou use esta poderosa ferramente e faca algo para as proximas demonstracoes nao serem iguais as anteriores, logico se estas anteriores te desagradam.
Nao estou falando aqui de demonstracoes a exemplo do Itau, Banco do Brasil e Bradesco por exemplo, estas que bom quero que continuem dando os lucros que vem dando ha muitos anos.
Bom, enfim falaram em fair value, reflexo da mais recente norma IFRS, ja chegou tarde eh logico que temos que reconhecer os numeros com base no fair value, do contrario continuaremos atrasado no mundo contabil, isto fez com que a contabilidade fosse elevada ao nivel de uma profissao nobre, entre outras coisas que aconteceram com a Lei 11.638/2007 que ficou por mais de 10 anos estacionada no Congresso, muitos interesses conflitantes.
Enfim nao abandono a contabilidade porque acredito nesta ciencia, que alguns pensam que sao ciencias exatas, e nao sao, pois sao ciencias humanas, por isso o balanco pode dar o que voce quer que de, logo 1 + 1, nao necessariamente eh 2, eu provisiono o quanto eu quero, melhor dizendo da forma que eu interpretar a favor do meu cliente (etica), ah etica eh outro assunto, quem deve entender deve ser os controladores do Panamericano, da Parmalat, da Worlcom, da Enron, do Banco Santos, do Banestado, do Bamerindus, do Banco Nacional, da Tyco, do Banco Economico, da Encol, etc.
Claudionei Santa Lucia
claudionei.santalucia@gmail.com
www.csl.cnt.br
www.contabilidadecsl.blogspot.com
Paulo Honda said...
Tudo isso ai está certo. Mas avisaram os "russos"?...
fernando said...
isso trata-se pelo fato do Balanço Patrimonial ser um demonstração estática, é um corte no tempo. como a CPC 00 fala e se tratar de uma demonstração contábil, e nao financeira. Diferentemente da Demonstração do Resultado, q é dinâmica e sofre todo impacto do mercado, como inflação, etc.
A Reavaliação de ativos, foi extinta e mt bem extinta como toda ferramenta que o brasileiro usa pra se beneficiar ao extremo - vide o metodo de compra de roupas americano, por exemplo se fosse aqui implantado seria um caos.
O fim da correção se dá nao pelo controle da economia, mas pelo controle contábil, pois como todos sabem. Todos os anos se corrigiam os valores dos ativos da empresa buscando o ''valor real'' assim sempre proporcionaria um lucro maior que o real.
Exemplo pratico disso seria uma empresa compra um carro por 10 mil, no antigo metodo de depreciação(pela tabela da receita)esse carro depreciaria 20% ao ano. ou seja ao fim do ano este carro 'valeria' 8.000 mas os empresarios, visando um lucro maior corrigem o valor do carro para 9.000 ou seja essa diferença de 1.000 em sintese passa pelo Patrimonio liquido da empresa e vai para o seu resultado, aumentando o lucro, etc. de tanto abusada essa pratica foi proibida no brasil.
Assim com a busca do 'fair value' na contabilidade tende a sanar esses problemas.
EDUARDO J. DI PIETRO said...
EXPLICAÇAO DE MESTRE, QUE VC DE FATO é !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sandro Chequer said...
Para os que não sabem, O prof. Kanitz também é contador. Se assim o fosse não poderia ter explicado melhor. O fruto de sua tese de doutorado na USP até hoje é citada em vários livros sobre análise de balanços. Todo contador entendeu o que ele disse neste post! Agora, quem não é do ramo das ciências contábeis, e quiser saber mais sobre o assunto, realmente deve procurar um contador para que melhor seja apresentado o tema. Vale destacar algo interessante. A Lei citada que vedou a correção monetária foi a Lei n º 9.249/95, que alterava a legislação do IR. Porém a Lei das S/A, com as recentes alterações, determina que as S/A sigam as normas contábeis emandas da CVM. A CVM por sua vez validou as IFRS, traduzidas pelo CPC, e estas normas internacionais não vedam a correção monetária. Logo, as S/A de capital aberto e empresas de grande porte "podem fazer a correção monetária"?? Com a palavra os especialistas no assunto.
Luiz said...
Compartilho com o colega Carlos, exemplo numérico poderia eclarecer
João Pedro said...
Tampouco o patrimônio pessoal declarado no IRPF reflete a realidade.
A receita federal proibe a correção do valor dos bens adquiridos a partir de 1996.
Ou seja se voce comprou um apartamento em 1996 e for vendê-lo em 2011 você pagará imposto sobre a diferença entre o valor pago na aquisição (1996) e o valor de venda (2011), pois a receita entende que houve um ganho de capital.
Quinze anos de inflação e isto é chamado de ganho de capital.
Carlos said...
Sthephen,
Essa sua análise é muito interessante.
Você poderia dar um exemplo mais didático? Um exemplo numérico mesmo.
Compreendi a mensagem mas não entendi operacionamente como isso possui tal impacto.
Abraços!

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